Por Mayanna Estevanim, pesquisadora do COM+
O uso de machine learning, realidade virtual (VR), inteligência artificial (IA) entre outros recursos tecnológicos tem marcado as startups de forma geral, entre elas as da área da saúde, as chamadas healthtechs. Entre outros fatores, o crescimento consistente ocorre diante da alta nos valores nos planos de saúde no país. De acordo com os dados da HealthTech Report 2020, realizado pela consultoria Distrito, o número de healthtechs cresceu 118%, passando de 248 para 542 empresas, entre 2018 e 2020. Metade delas tem menos de cinco anos. Desde 2014 foram investidos US$ 430 milhões nas startups de saúde no país.
A questão é que crescem estas starups e cresce todo o ecossistema. Não é somente o uso de inteligência artificial para monitoramento em tempo real da saúde dos pacientes, a telemedicina diante da pandemia da covid-19 ou regulamentações do serviço por parte do Ministério da Saúde. A inovação está presente nos processos interno das healthtechs e também na comunicação das startups de saúde com seu público-alvo. E é aí que entra a contribuição das martechs. O nome representa a junção entre “marketing” e “technology”, mas qualquer software ou ferramenta que otimize uma estratégia ou campanha de marketing pode ser considerada uma martech. A finalidade é se diferenciar da concorrência e oferecer uma experiência melhor aos usuários.
O tema é recente e também faz parte dos estudos desenvolvidos no grupo de pesquisa Com+, sendo a área de saúde assunto dos pesquisadores Ligia Trigo e João Francisco Raposo. No livro Tendências em Comunicação Digital, volume II, por exemplo, Ligia Trigo aborda as healthtechs, a partir das tendências no segmento. O foco está na ditatura do saudável e onde ficam os limites entre o que é a saúde e o que é a estética. João Francisco Raposo, na sua pesquisa doutoral, tem trabalhado como se dá a comunicação organizacional da saúde no Brasil por meio dos dados. Aqui nos posts ou nos perfis você pode acompanhar os estudos em andamento.